Um deserto branco
antigo mar de sal.
Meu açúcar de engenho
meu medo,
meu empenho.
Eu percorri a imensidão
do rosto alvo,
da tez macia:
não sei se podia
não sei se devia.
Mas cada passo meu,
crasso.
Cada parada minha
muita,mesquinha.
É que eras tímida
e estes meus olhos passeadores
a andar por ti
eram lentos,
a própria marcha dos amores.
Pedro Assis 2011-04-28
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