quarta-feira, 15 de junho de 2011

Um deserto branco

antigo mar de sal.

Meu açúcar de engenho

meu medo,

meu empenho.


Eu percorri a imensidão

do rosto alvo,

da tez macia:

não sei se podia

não sei se devia.


Mas cada passo meu,

crasso.

Cada parada minha

muita,mesquinha.


É que eras tímida

e estes meus olhos passeadores

a andar por ti

eram lentos,

a própria marcha dos amores.

Pedro Assis 2011-04-28

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